Arquivo do autor:Bruno Dória

Curitiba já começou a se unir para montar a rede de leitura inclusiva local

Aconteceu em Curitiba a primeira reunião com representantes de instituições como CAP-PR, Sesi, Fesp, Facel, IPC (Instituto Paranaense de Cegos), FCC (Fundação Cultural de Curitiba), Associção Hellen Keller (município de Pinhais) e a Biblioteca Pública do Estado.

Na oportunidade, foi possível trocar experiências e refletir sobre caminhos para fortalecer a leitura inclusiva no Paraná.
As principais demandas que surgiram foram:

– o acesso a arquivos primários junto às editoras para que as universidades possam dispor de bibliografia em formato acessível;
– dicas de como montar um núcleo de acessibilidade em faculdades e universidades;
– necessidade de capacitação de professores e profissionais que trabalham com equipamentos culturais, especialmente as bibliotecas.
– baixo número de usuários com deficiência nas bibliotecas.

Conheça mais sobre o trabalho realizado em Minas Gerais

O trabalho da Rede de Leitura Inclusiva em Minas Gerais já conta com a mobilização e envolvimento dos participantes com a causa.
O primeiro momento desta equipe foi produtivo. Eles apresentaram o projeto para diversas instituições como o APDV, Instituto Louis Braille, CAP, a Secretaria de Cultura,o espaço braille da Biblioteca Luiz Bessa e o Instituto São Rafael, uma grande referência na inclusão das pessoas com deficiência visual no Estado. Lá, o grupo foi recebido por Juarez, que mostrou diversas curiosidades sobre o acervo, como um dicionário braille da década de 60 doado pela Fundação Dorina e a coleção “O tempo e Vento” formada por cerca de 60 volumes.
Os principais pontos abordados neste encontro foram:
– Os pais tem um papel importante para despertar o gosto pela leitura desde cedo nos filhos que estão aprendendo o braille. Os livros infantis só em braille são muito importantes pois quando são em tinta-braille os pais acabam lendo para os filhos e não os estimulam a ler sozinhos;

– O acesso à cultura letrada para a pessoa com deficiência visual é difícil, há esforço das organizações e poder público mas não é suficiente para suprir as necessidades;
Há uma carência de livros em braille para iniciantes, com um maior espaçamento entre as linhas e sem braille no verso. Também, de livros que sejam mais da escola, paradidáticos;

– Sentem falta de literatura infanto-juvenil como Clarisse Lispector, Alan Poe, Ana Maria Machado, etc. Por isso, sugeriram fazer reedições de livros já produzidos pela Fundação Dorina, a partir de um levantamento das necessidades das bibliotecas e escolas.

Fórum SC marcou o início do grupo de leitura inclusiva em Santa Catarina

O encontro do Fórum SC para dar continuidade à construção do Plano Estadual do Livro e da Leitura de Santa Catarina (PELL) foi o melhor momento para começar a montar o grupo de trabalho da Rede de Leitura Inclusiva em Santa Catarina.

Na primeira reunião, nos aproximamos e refletimos sobre o cenário no Estado de maneira mais ampla.

Já no segundo encontro, pensamos em ações mais concretas.
Alguns pontos levantados foram:

– O impacto social das bibliotecas e espaços de leitura nas comunidades (relato da Biblioteca Barreiro Filho);
– Dificuldade em compartilhar conteúdo acessível e de ter acesso aos arquivos de livros para transcrição para formato acessível;
– Necessidade de ter informações mais sistematizadas, como diagnósticos das bibliotecas quanto à acessibilidade;
– Este GT fazer um trabalho convergente com o do Fórum de Livro e Leitura, o grupo ser uma referência no Fórum no tema da acessibilidade e vice versa;
– Buscar parcerias com organizações e outras Secretarias (como Saúde, Educação e Assistência Social).
– Mapeamento de organizações e iniciativas de promoção da inclusão.
– Ações de mobilização/divulgação do público final – Mapeamento de pessoas com deficiência
– Biblioteca Barreiro Filho foi contemplada por edital de acessibilidade em bibliotecas públicas.  Como potencializar os aprendizados e recursos para outras bibliotecas do estado?