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Arquivos da categoria: Minas Gerais

Acessibilidade: A Literatura como direito para todos

O acesso à literatura é direito de todos, e é por meio dela que a capacidade criativa, inventiva, a sensibilidade, a informação e a imaginação são estimuladas como formas de comunicação intersubjetiva, de expressão do ser humano e do acesso ao conhecimento construídos pela humanidade. Assim, partindo do pressuposto de que a promoção da acessibilidade atua como um empenho de se fazer valer o direito humano à cultura e à educação, bibliotecas brasileiras têm investido na educação e na inclusão de todos os membros da sociedade, com a promulgação de iniciativas e atitudes para que todos alcancem os livros nas bibliotecas.

Mesa-redonda do Círculo das Letras, Belo Horizonte, MG

 

I Jornada de Leitura Inclusiva de Pará de Minas

Alessandra Gino, diretora da Biblioteca Pública Estadual Luíz de Bessa, apresentando o Prêmio de Acessibilidade em Biblioteca Públicas da Fundação Biblioteca Nacional, onde a Biblioteca Luiz de Bessa ficou em primeiro lugar no ano de 2014. Sentados na mesa, em segundo plano, Alessandro Alves de Lima, Glicélio Ramos, Gildete Santos e Téris Sávia AnunciaçãoA I Jornada de Leitura Inclusiva de Pará de Minas é uma iniciativa da Secretaria de Cultura e Comunicação Institucional de Pará de Minas em uma ação da Biblioteca Pública Municipal professor Mello Cançado e teve como objetivo provocar uma reflexão sobre o “Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência” e sobre acessibilidade.

O encontro aconteceu nos dias 17 e 18 de setembro de 2014 no Teatro Municipal Geraldina Campos de Almeida e contou com a parceria da Secretaria Municipal de Educação de Pará de Minas, Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de Minas Gerais e Fundação Dorina Nowill.

No dia 17 de setembro de 2014 tivemos a apresentação do relato de experiências do Setor Braille da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, com o seu diretor, Glicélio Ramos, a bibliotecária Gildete Santos e o professor de letras Alessandro Alves de Lima. Tivemos também a presença da diretora da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, Alessandra Gino, apresentando o edital de Acessibilidade em Bibliotecas Públicas da Fundação Biblioteca Nacional. Contamos também com a presença da professora de LIBRAS Téris Sávia Anunciação que apresentou a palestra “LIBRAS e a responsabilidade social”.

Jornada Inclusiva Pará de Minas

Já dia 18 de setembro de 2014 tivemos a presença  de profissionais do Centro de Referência em Educação de Pará de Minas com a participação das especialistas em educação inclusiva Kênia Augusta Marques e Maria Stela Lino, presentando a palestra “Fazendo uma leitura da educação especial numa perspectiva da educação inclusiva”. Nesse mesmo dia tivemos também uma palestra com o procurador e advogado da Apae de Pará de Minas, Alexandre Keuffer, apresentando uma palestra sobre o “Dia Nacional de Luta pelos Direitos da Pessoa com Deficiência”.

O encontro reuniu em seus dois cerca de 280 pessoas, sendo a sua grande maioria educadores de Pará de Minas e região. 

Conheça mais sobre o trabalho realizado em Minas Gerais

O trabalho da Rede de Leitura Inclusiva em Minas Gerais já conta com a mobilização e envolvimento dos participantes com a causa.
O primeiro momento desta equipe foi produtivo. Eles apresentaram o projeto para diversas instituições como o APDV, Instituto Louis Braille, CAP, a Secretaria de Cultura,o espaço braille da Biblioteca Luiz Bessa e o Instituto São Rafael, uma grande referência na inclusão das pessoas com deficiência visual no Estado. Lá, o grupo foi recebido por Juarez, que mostrou diversas curiosidades sobre o acervo, como um dicionário braille da década de 60 doado pela Fundação Dorina e a coleção “O tempo e Vento” formada por cerca de 60 volumes.
Os principais pontos abordados neste encontro foram:
– Os pais tem um papel importante para despertar o gosto pela leitura desde cedo nos filhos que estão aprendendo o braille. Os livros infantis só em braille são muito importantes pois quando são em tinta-braille os pais acabam lendo para os filhos e não os estimulam a ler sozinhos;

– O acesso à cultura letrada para a pessoa com deficiência visual é difícil, há esforço das organizações e poder público mas não é suficiente para suprir as necessidades;
Há uma carência de livros em braille para iniciantes, com um maior espaçamento entre as linhas e sem braille no verso. Também, de livros que sejam mais da escola, paradidáticos;

– Sentem falta de literatura infanto-juvenil como Clarisse Lispector, Alan Poe, Ana Maria Machado, etc. Por isso, sugeriram fazer reedições de livros já produzidos pela Fundação Dorina, a partir de um levantamento das necessidades das bibliotecas e escolas.