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Arquivos da categoria: São Paulo

Descrição de imagem: Foto de um auditório com dezenas de crianças sentadas na plateia. À direita da foto, em primeiro plano, está uma menina em pé em frente a uma mesa. Ela lê uma folha em Braille e uma professora está ao seu lado segurando um microfone.

A VIDA IMITA A LEITURA: CONHEÇA HISTÓRIAS PARA TODOS E SOBRE TODOS

Que jeito melhor de falar sobre leitura acessível do que com histórias de inclusão? Foi o que se leu e se ouviu na 3ª edição das Olimpíadas de Leitura Inclusiva, uma iniciativa do Colégio Vicentino Padre Chico, referência em educação inclusiva de pessoas videntes e com deficiência visual na capital paulista.

O Colégio Vicentino Padre Chico sempre se preocupou em incentivar a leitura entre seus alunos através de campeonatos de leitura. Ana Maria Rosalini, coordenadora pedagógica do colégio há quatro anos, inspirada nas Paraolimpíadas de 2016, sugeriu que fossem realizadas Olimpíadas de Leitura. “Todos me chamam de Rosalini, porque o nome da diretora também é Ana Maria.”, conta ela, risonha. A competição acontece anualmente desde 2016 e envolve todo o colégio, do infantil ao Ensino Fundamental.

“Todos participam como conseguem, lendo em tinta ou em Braille, recitando parlendas ou poesias.”, explica Rosalini. A olimpíada é dividida em três etapas. Primeiro, Rosalini e a diretora Ana Maria visitam as turmas e pedem que os alunos apresentem algum livro que estejam lendo. As duas desempenham o papel de jures e escolhem três alunos de cada turma para a semifinal, realizada no auditório do colégio, etapa em que os finalistas se apresentam para o resto da escola. O mesmo acontece na grande decisão, na qual os Ensinos Fundamentais I e II recebem cada qual três vencedores: um vidente, um com baixa visão e um cego – não existe 1º, 2º e 3º lugar.

Nas duas etapas finais da 3ª edição, ocorridas nos dias 11 e 14 de setembro de 2018, foi proposto que os alunos que já sabiam escrever lessem histórias de sua própria autoria. Na semifinal, o texto devia falar sobre o primeiro dia da criança no colégio, e na última etapa coube a cada aluno apresentar uma breve biografia de si mesmo.

Para Luciana, que leciona há 15 anos no colégio mantido pelo Instituto de Cegos Padre Chico (este completou 90 anos de existência em 2018), as Olimpíadas representam não apenas mais um estímulo à leitura (todos os dias, os estudantes leem por 15 minutos um título escolhido por eles na biblioteca), como também um registro da inclusão na prática.

“Quando cheguei ao colégio, ainda só tínhamos alunos com deficiência visual. Em 2010 foi que começamos a receber estudantes videntes e, além da alegria de acompanhar essa transição, os relatos lidos por eles são de crianças que realmente gostam da escola na qual estudam.”, diz Luciana.

Descrição de imagem: Foto de um auditório. À esquerda, estão cerca de dez crianças sentadas na plateia, de costas para a foto. À frente delas, há uma mesa com cinco professoras sentadas. Elas seguram canetas e papéis. Uma delas está lendo uma folha em Braille. À direita da imagem, está uma menina em pé em frente a uma mesa. Ela lê uma folha de papel e uma professora está ao lado dela segurando um microfone.

Gotas de alegria

As Olimpíadas de Leitura contam com o apoio da Rede Nacional de Leitura Inclusiva da Fundação Dorina. O Grupo divulga a iniciativa entre seus parceiros e realiza a doação de materiais que podem se tornar prêmios para os vencedores – como livros em formato acessível. Além disso, membros da Rede sempre são convidados a assistir à competição ou a atuar junto à comissão julgadora.

Foi o caso de Adriana Rafael, bibliotecária e integrante do Comitê de Inclusão do Senac Tiradentes. Ela passou a fazer parte da Rede após uma visita à Fundação Dorina, em 2015. “Queríamos incorporar a acessibilidade de forma mais efetiva no atendimento ao público com deficiência do Senac Tiradentes e o apoio da Rede de Leitura fez toda a diferença nesse processo.”, afirma Adriana. Segundo a bibliotecária, o contato com o Instituto de Cegos Padre Chico já vinha ocorrendo em outras ações da Rede e o convite para que ela integrasse a comissão julgadora das Olimpíadas lhe deu a chance de perceber o mundo com uma nova ótica. “Foi transformador presenciar a inclusão como algo natural do próprio ambiente e pensar no que podemos construir para o futuro se trabalharmos juntos.”, declara.

Já Sandra Pereira, que trabalha na gestão de projetos da Fundação Dorina, foi convidada a assistir às Olimpíadas como espectadora. Ela relata a satisfação de presenciar na prática o fruto dessa parceria. “Fiquei surpresa, porque não sabia que a escola tinha alunos videntes. Na educação física, eles correm junto com as crianças cegas.”, observa. A história de uma aluna vidente, que esteve entre os vencedores, chamou particularmente a atenção de Sandra.

“Ela disse que ficou tão feliz porque iria estudar com crianças cegas que, no primeiro dia, não queria falar com ninguém, de tanta empolgação. A certa altura, ela foi pegar água fora da sala e, com o nervosismo, derramou algumas gotas. Tinham alguns trabalhadores por ali fazendo uma obra e ela fingiu que era cega.”, lembra a gestora.

Descrição da imagem: Foto de pessoas sentadas em roda. Na imagem aparece parte da roda com cerca de 10 pessoas no enquadramento. À esquerda da foto, sentados em um sofá, está Nataly Loyola, Ju Loyola e Lucas Borba. Ele segura o microfone. À direita da imagem, atrás da roda, está uma intérprete de libras. Ela tem cabelos curtos pretos e usa camisa azul com o texto em branco "São Paulo Acessível" e os ícones da deficiência física, intelectual e auditiva nas costas.

EDUCAÇÃO E CULTURA POP: COMO SURGE O DESAFIO DA INCLUSÃO NA PRÁTICA

Quando eu, Lucas Borba, fui convidado a participar de uma mesa da 4ª Festa Literária de Cidade Tiradentes (FLICT), na capital paulista, realizada em 28 de outubro, fiquei honrado. Afinal, além do reconhecimento implícito no convite, falar um pouco do meu trabalho como youtuber no canal Câmera Cega, voltado ao cinema e à cultura pop sob a perspectiva de um jornalista com deficiência visual, foi uma grande oportunidade não apenas de acompanhar pessoalmente uma ação articulada em parceria com a Rede de Leitura – tanto como correspondente da Fundação Dorina quanto como produtor independente de conteúdo -, mas também de compartilhar ideias e experiências com o público e com meus colegas de mesa.

Mais do que isso, porém, ao final do encontro senti-me desafiado a ir ainda além. Sim, porque é fascinante como as palavras “acessibilidade” e “inclusão” trazem na prática um novo desafio quando menos se espera, inclusive expondo que o sujeito a ser incluído também deve saber incluir – ou, pelo menos, buscar como fazê-lo. Desafio que ressurgiu a mim personificado em uma de minhas colegas de mesa, a quadrinista com deficiência auditiva Juliana Loyola, mais conhecida como Ju Loyola. Ela trabalha com o que chama de “narrativas silenciosas”, já que não possuem uma única palavra. As histórias são contadas única e exclusivamente com o poder das imagens, das expressões faciais e gestos dos personagens. Nem sempre foi assim, no entanto.

Juliana nasceu com deficiência auditiva devido à rubéola da mãe na gravidez. A limitação auditiva, entretanto, só foi descoberta quando ela tinha três anos de idade. A paixão por quadrinhos e mangás surgiu ainda na infância, com clássicos que iam de Turma da Mônica a Mandrake e Fantasma. Quando a busca profissional bateu à porta, tentou direcionar seu talento com os traços para o desenho de próteses dentárias, mas ao interagir com alguns quadrinistas teve certeza do que tinha nascido para fazer. Por ser o que se chama de “surda oralizada”, que aprendeu a se comunicar por leitura labial – embora também o faça na Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) -, Juliana começou esboçando quadrinhos com balões de diálogo, mas se deparou com o complexo universo de conjugações verbais da língua portuguesa, bem diferente da estrutura mais simples de frases em LIBRAS. Foi então que ocorreu à autora não apenas trabalhar com seu mundo silencioso, mas ampliar ainda mais o público que poderia ler suas obras, com uma forma de expressão que perpassa idiomas e culturas. O trabalho de Juliana já acumula prêmios importantes a nível internacional e sua meta é ser publicada em uma editora japonesa.

O desafio ao qual me referi no começo deste artigo surgiu de repente, enquanto minha colega e eu falávamos de nossos trabalhos e respondíamos às eventuais perguntas do público – ela apoiada por Nathali, sua irmã e intérprete. Ocorreu-me que, embora nós dois presidíssemos a uma mesa acerca da produção cultural e artística por pessoas que buscam a inclusão cotidianamente, nem o trabalho dela era acessível a mim, nem o meu a ela, já que o canal faz uso de podcasts – ou seja, não há imagem, apenas áudio.

Ser incluído e saber incluir. Foi quando desafiei a mim próprio diante de Juliana e do público, prometendo que, assim que possível, encontraria um jeito de manter a proposta do canal, porém de modo a contemplar também o público com deficiência auditiva. Da mesma forma, Juliana afirmou que está estudando como viabilizar versões acessíveis do seu trabalho a pessoas cegas e com baixa visão.

Descrição da imagem: Foto da metade de uma roda com 8 pessoas sentadas. Ao centro, está estendido no chão um pano preto com dezenas de livros em tinta braille dispostos. Perla está agachada e pega um livro que está no tapete.

Educar para incluir

Enquanto a mesa “A pessoa com deficiência e o universo dos quadrinhos” compôs a programação matutina da FLICT, à tarde aconteceu a oficina “Leitura inclusiva”, promovida pela Rede de Leitura em parceria com a Biblioteca Temática em Direitos Humanos Maria Firmina dos Reis, que sediou todo o evento em Cidade Tiradentes. A oficina foi aberta a educadores, bibliotecários, mediadores de leitura e à comunidade em geral.

Inicialmente, houve uma sensibilização que propôs a interação do público com materiais ligados à leitura acessível e à autonomia da pessoa com deficiência visual, como um audiolivro ou um assinador – régua vazada que auxilia a assinatura da pessoa cega entre duas bases de apoio. O público vidente era convidado a vendar os olhos antes de interagir com esses materiais por meio do tato ou da audição. Posteriormente, teve início um debate sobre a promoção da leitura inclusiva em diferentes espaços.

Vania Ferreira atua na biblioteca Maria Firmina dos Reis desde a sua inauguração em 2013 e esteve presente à oficina. Sua paixão por educar vem da infância. “Eu sempre queria brincar de escolinha e ser a professora.”, lembra ela. Ao concluir o Ensino Médio, iniciou um curso técnico voltado para a educação no ambiente hospitalar, mas acabou se encontrando no meio cultural durante a graduação pela União das Instituições Educacionais de São Paulo (UNIESP). Em 2013, Vania iniciava um estágio na biblioteca e, em 2015, mesmo ano em que o espaço foi reinaugurado, assumia como pedagoga.

Para a educadora, a experiência da oficina dialoga plenamente com o prazer de seu atual posto. “Quando se fala em educar, as pessoas logo pensam no ambiente escolar. Claro que uma escola não existe sem educação, mas o aprendizado se aplica aos mais diversos espaços e contextos e essa oficina é a prova disso.”, afirma Vania.

Técnico de farmácia & Padre Chico: aprendizado com significado

 

 

Em 2016, o curso técnico em farmácia, no módulo de IV, que estuda entre outros assuntos as plantas medicinais e os fitoterápicos viabilizou uma vivência diferenciada aos alunos.

Com o objetivo de inovar, transformar e significar o ensino a professora Liliane Barros tinha em mente fazer com que os alunos estudassem as plantas medicinais e no sentido prático, cultivassem essas plantas, acompanhando assim todo o processo de plantio, cuidado e preparo para consumo das plantas medicinais. Mas isso era só o começo desse projeto. A professora sabendo que a Biblioteca fazia parte da Rede de Leitura Inclusiva, veio conversar sobre a possibilidade desse módulo ser tratado e discutido de forma inclusiva e como a biblioteca poderia viabilizar tudo isso.

A bibliotecária Adriana Rafael, entrou em contato com a Rede e levou a sugestão da professora para o Grupo, que respondeu imediatamente com sugestões para que a atividade fosse feita em parceria. O Colégio Vicentino Padre Chico, que alfabetiza deficientes visuais, gostou da proposta e achou que traria ganhos para seus alunos. A Fundação Dorina Nowill, também manifestou interesse em participar e sua contribuição seria uma aula com o tema inclusão para os alunos do técnico de farmácia. O Senac Aclimação, através da biblioteca auxiliou na conversão dos documentos para o Braille e Fonte Ampliada.

Segundo a Professora Liliane “A ideia veio ao encontro do desafio do desenvolvimento de práticas pedagógicas, valorizando o ensino com significado, estimulando o estudante a assumir seu papel e compromisso do aprender a aprender, tornando-o sensível para ser ator atuante na sociedade, sua percepção de respeito às diferenças”.

O projeto teve início em junho, com a construção da proposta, execução das etapas e a apresentação final no Colégio Padre Chico, que foi em outubro de 2016.

O grande diferencial foi o planejamento e o envolvimento com antecedência das partes envolvidas.

No depoimento a aluna do SENAC Kimberly Mendes de Souza, disse que foi bom trabalhar com este público diferenciado, ela afirma “É difícil descrever a sensação de alegria e entusiasmo que senti. Confesso que senti um pouco de medo no início, por nunca ter tido contato. Levarei em minha vida esta experiência que gostaria que todos experimentassem”.

Dessa opinião compartilha a docente Liliane: “ Foi um projeto gratificante onde senti como é importante compartilhar e trocar conhecimento. O Colégio Vicentino Padre Chico nos recebeu com muito carinho e foi enriquecedor o interesse que os alunos demonstraram na atividade”.

O método: os alunos do SENAC foram envolvidos no processo de cultivo das plantas medicinais, bem como deveriam pesquisar os benefícios, o preparo e dose correta, eles tiveram uma aula sobre o tema inclusão, visitaram a biblioteca para conhecerem os recursos e discutiram como fariam a abordagem junto aos alunos e deficientes visuais do Colégio Padre Chico.

No dia do evento, contamos com a presença de outros parceiros do GTSP da Rede de Leitura Inclusiva para acompanhar a interação entre os dois grupos de alunos.

Curso de Audiodescrição na Fundação Dorina, em São Paulo

27, 28, 29 e 30 de março, de 8h as 17h; e 31 de março, de 8h as 16h

Público-alvo
Assistentes editoriais, produtores editoriais, jornalistas, comunicadores, produtores culturais, autores, ilustradores, cineastas, produtores de audiovisual, editores de áudio e vídeo, roteiristas, bibliotecários, professores e estudantes em geral. Escolaridade mínima: cursando o ensino médio.

Objetivo
Oferecer noções básicas para desenvolver e praticar a Audiodescrição, ou seja, tornar acessível às pessoas cegas ou com baixa visão os conteúdos que são visuais. O curso trará base para aplicar a Audiodescrição em diferentes tipos de produtos editoriais, audiovisuais ou eventos, formando profissionais sensibilizados e que possam multiplicar a importância do recurso de acessibilidade para pessoas com deficiência visual.

Carga horária
40 horas

Profissionais

Coordenador
Flávio Coelho – Bacharel em Comunicação Social pela Universidade São Judas Tadeu, especialista em Audiodescrição pela Universidade Federal de Juiz de Fora (MG). Trabalha com audiodescrição e produtos acessíveis na Fundação Dorina desde 2010 e, atualmente, é Diretor de Produção da DNA Editora e Soluções em Acessibilidade. Entre os trabalhos realizados estão os filmes Cine Gibi 8 e Cine Gibi 9 (Turma da Mônica – Mauricio de Sousa Produções); Trago Comigo; Mãe só há uma. Exposições: Museu Republicano de Itu-SP; Exposição Temporária Risadaria (2016); Exposição Temporária Hendrix Hits London; Exposição Temporária Tempo e Deslocamento; Museu Afro Brasil; Exposição Santos-Dumont, na Coleção Brasiliana Itaú (Itaú Cultural); Parque da Mônica. Ao Vivo: Evento Renato Russo Hangout.

Ministrante
Mônica Magnani Monte – Atriz, dubladora, Bacharel em Letras/Tradução, Mestre em Língua Portuguesa (PUC-Rio, 1997), especialista em Audiodescrição pela Universidade Federal de Juiz de Fora (MG). Trabalha com audiodescrição desde 2011 e durante quatro anos prestou serviços para a TV Globo, contabilizando mais de 100 roteiros produzidos para a grade de filmes da emissora. Em 2015 e em 2016 ganhou o prêmio de melhor roteiro de audiodescrição na mostra competitiva do Festival VerOuvindo, festival de filmes com acessibilidade comunicacional do Recife. Dentre os trabalhos recentes destacam-se: Série Grandes Cenas, Canal Curta!; Projeto Pixinguinha (Portal da Funarte); Projeto CineAcesso, Acessibilidade Audiovisual das Olimpíadas e Paralimpíadas (LAVID / UFPB / Ministério da Cultura). Foi responsável pela sessão especial para o público com deficiência visual na mostra competitiva do FICA 2016 – Festival Internacional de Cinema, em Goiás, com o curta E o Galo Cantou. Atua regularmente como audiodescritora do Portal Filmes que Voam (curtas infantis e o longa Tropa de Elite 2). Fez o roteiro de audiodescrição do filme Como Funcionam Quase Todas as Coisas para a Mostra de Cinema Argentino Contemporâneo, na Caixa Cultural, Rio de Janeiro, 2016. Como narradora, participou recentemente do projeto As Sete Maravilhas de Minas Gerais – Feche os Olhos e Veja, da empresa MIDIACE. O trabalho de fim de curso analisa os efeitos da edição nos filmes audiodescritos exibidos na TV Brasileira e foi publicado sob a forma de artigo em: Audiodescrição: Práticas e Reflexões, pp. 89-115, Ed. Catarse, 2016.

Palestrante
Edson Defendi – Assessor de Serviços de Apoio à inclusão na Fundação Dorina, mestre e doutorando em Psicologia Clínica na área de Família e comunidade pela PUC-SP, especialista em Terapia familiar e de casal. Tem experiência há mais de 20 anos no apoio à inclusão de pessoas com deficiência visual. É consultor, palestrante e professor da Universidade Estácio de Sá e da USCS – Universidade Municipal de São Caetano do Sul.

Apoio
Cláudia Scheer – Graduada em Rádio, Tv e Internet, Curso de Audiodescrição pela Fundação Dorina Nowill para Cegos, Curso básico de introdução à Audiodescrição com Professor da USP Agnaldo Ribeiro. Trabalha há três anos com Audiodescrição pela Fundação Dorina Nowill para Cegos e DNA Editora e Soluções em Acessibilidade, audiodescrição de imagens estáticas e em movimento, tanto para produtos internos quanto para externos. Entre os trabalhos realizados estão os filmes Cine Gibi 8 e Cine Gibi 9 (Turma da Mônica – Mauricio de Sousa Produções); Trago Comigo; Mãe só há uma. Exposições: Museu Republicano de Itu; Exposição Temporária Risadaria 2016; Exposição Temporária Hendrix Hits London; Exposição Temporária Tempo e Deslocamento; Museu Afro Brasil; Exposição Santos-Dumont, na Coleção Brasiliana Itaú (Itaú Cultural); Parque da Mônica. Ao Vivo: Evento Renato Russo Hangout; Peças internas com alunos da Fundação.

Investimento
R$690 (seiscentos e noventa reais)
Desconto de 5% à vista (R$655,50)
Desconto de 10% para professores e estudantes (cumulativo com o desconto à vista)
Parcelamento sem juros em 3 vezes de R$ 230

Programação do Curso
27/03/2017 – Segunda-feira – 8h às 12h – 13h às 17h
8h – Boas vindas e explanações sobre o curso
9h30 – Coffee-Break
10h – Palestra sobre “A pessoa com Deficiência Visual” – Edson Defendi
12h – Almoço
13h  – Introdução a Audiodescrição (Histórico e panorama do recurso)
14h – Os tipos de Audiodescrição (Pré-gravado, Ao vivo e Simultâneo)
15h – Coffee-Break
15h30 às 17h – Exercícios iniciais e técnicas de Audiodescrição

28/03/2017 –  Terça-feira – 8h às 12h – 13h às 17h
8h – Técnicas de Audiodescrição e exercícios com imagens
10h – Coffee-Break
10h30  – Técnicas de Audiodescrição e exercícios com imagens
12h – Almoço
13h – A Audiodescrição em diversos produtos da Fundação Dorina Nowill para Cegos
15h – Coffee-Break
15h30 às 17h – O Livro Digital e os desafios da NOTA TÉCNICA Nº 21- Orientações para descrição de imagem na geração de material digital acessível – MECDaisy

29/03/2017 – Quarta-feira – 8h às 12h – 13h às 17h
8h às 9h – Técnicas da Audiodescrição
9h às 10h30 – Dinâmica do olhar atento
10h30 – Coffee-Break
11h às 12h – Audiodescrição no audiovisual (Desafios do roteiro)
12h – Almoço
13h – Exercício com roteiro de Audiodescrição
15h30 – Coffee-Break
16h às 17h – Apresentação e revisão dos roteiros

30/03/2017 – Quinta-feira – 8h às 12h – 13h às 17h
8h às 10h – Exemplos da AD filmes, animações, publicidade e TV
10h – Desafios do ao vivo e tecnologias
10h30 – Coffee-Break
11h às 12h – Audiodescrição no teatro
12h – Almoço
13h ­– Os desafios da locução na AD
14h ­– Exercício no estúdio de gravação
15h30 – Coffee-Break
16h às 17h – Exercício no estúdio de gravação

31/03/2017 – Sexta-feira – 8h às 12h – 13h às 16h
8h  – Audiodescrição simultânea (dinâmicas em grupo)
10h – Dicas do preparo do audiodescritor
10h30 – Coffee-Break
11h  – O profissional Audiodescritor (Desafios, Profissão, Orçamentos)
12h – Almoço
13h ­– Avaliação dos exercícios com pessoas com deficiência visual
14h45h – Visita guiada à Fundação Dorina
15h30 às 16h – Encerramento

Quando: 27 a 31 de março
(27, 28, 29 e 30 de março, de 8h as 17h; e 31 de março, de 8h as 16h)
Onde: Fundação Dorina Nowill para Cegos – Rua Doutor Diogo de Faria, 558 – Vila Clementino (SP)
Mais informações: (11) 5087-0962 / [email protected]
Inscrições até 22 de março de 2017