O logotipo do projeto é composto por um círculo e um mapa do brasil com o nome Rede de Leitura Inclusiva.
Neste site o logo está sobreposto com uma imagem de fundo de um garoto lendo em Braille
Cartaz retangular, na vertical. Fundo: olho castanho e cílios pretos. Texto com letras coloridas.
No canto superior, com letras brancas, legenda: Dia Nacional do Deficiente Visual.
Centralizado, em frente ao globo ocular, palavras soltas, amarelas: “ Exposição Braille, Apresentações Artísticas, Exposição Tátil, Bate-papo”.
No canto inferior, à esquerda, em um quadro com bordas amarelas, fundo branco e letras vermelhas: “16 de Dezembro de 2017. Sábado. Horário: 10h às 22h. Local: Arapiraca Garden Shopping. Entre parênteses: corredor próximo à praça de alimentação”.
No canto inferior direito, logomarcas: do Arapiraca Garden Shopping; da Rádio Gazeta FM Arapiraca, 101,1 MHZ e da Escola Estadual Adriano Jorge.
A Roda de Leitura realizada pela Fundação Dorina Norwill, foi uma oportunidade para as crianças e adultos atendidos pela Sala Braille, se apresentarem para a comunidade local, um incentivo para continuarem a superar os desafios. Aqui na Biblioteca Pública de Lagoa Santa, foi emocionante ver as crianças lerem os livros acessíveis com tanto entusiasmo e alegria para o público presente.
O mais emocionante foi ver as crianças se ajudarem, uma incentivando e apoiando a outra durante a hora da leitura. Ver a força de vontade delas para vencer as dificuldades não só em virtude da questão da deficiência visual, mas pelas advindas da condição social-financeira tão desfavorável sempre nos motiva e serve de exemplo, elas são crianças determinadas, inteligentes, encantadora, solidárias, sempre alegres dispostas a enfrentar a vida com leveza e alegria contagiante.
Ações como esta incentivam o gosto e o prazer pela leitura literária, mostram a importância do objeto livro, e todo seu potencial de transformação que está no texto.
Ações que mostram a importância da biblioteca e do livro, que valorizam o espaço como centro de convivência e interação, fonte de informação e cultura são fundamentais. A transformação da educação passa pelo reconhecimento da biblioteca como instrumento fundamental no processo de aprendizagem e de formação do individuo como cidadão consciente, agente de transformação na comunidade onde vive. A realidade do país não favorece a criação e manutenção de boas bibliotecas públicas e escolares, ações como essa, chamam a atenção para essa questão, podem sensibilizar os gestores e a sociedade. É preciso valorizar esses espaços de leitura pelo seu potencial de transformação da realidade social.
Tatiana Soares Brandão. Bibliotecária | Biblioteca Pública Municipal Pe. Agenor de Assis Alves Pinto – Prefeitura Municipal de Lagoa Santa
As atividades da Rede de Leitura em Goiás, têm caminhado de forma peculiar. A Biblioteca Braille José Álvares de Azevedo reformulou o calendário de 2017 mantendo as ações que não haviam sido realizadas e acrescentou outras. Algumas dessas atividades foram desenvolvidas em conjunto com o CAP/CEBRAV que também faz parte da Rede. Exemplos desses eventos:
1. Gincana musical: Qual é a música?
2. Convívio literário – Roda de leitura
3. Festival de música, prosa e poesia
4. Festival musical com temas de novelas e adivinhações
5. Torneio de dominó entre amigos
6. Lançamento do livro acessível – “Abracadabra: crio enquanto falo” da autora Cássia Fernandes
7. Concurso de leitura Braille
8. Exibição do filme “Minha mãe é uma peça 2” com audiodescrição
9. Exibição do filme “Mulher do pai” com audiodescrição Coleção Regionais.
O lançamento dessa riquíssima aquisição aconteceu em Goiás no último, dia 07/11, e contou com a parceria da Biblioteca Braille, CEBRAV e de um novo parceiro: Comissão Goiana de Folclore. O evento teve a participação de cerca de 80 pessoas bastante interessadas na leitura dos livros, depoimentos de usuários sobre a coleção, principalmente dos livros de culinária. houve apresentação musical do violeiro Arthur Noronha, tocando e cantando músicas da região Centro-Oeste.
A coleção Regionais é um passeio pela riqueza cultural brasileira de forma acessível. É uma viajem pelo Brasil com a Fundação Dorina e os livros acessíveis que trazem a literatura, a música, a culinária, o folclore e o turismo de cada região brasileira. Nessa viagem, passamos pela literatura com o livro falado e pela riqueza musical com as partituras Braille. Experimentamos os sabores pelo livro de culinária e histórias de infância com o livro de folclore ilustrado em tinta e em Braille. E, por fim, visitamos cidades brasileiras com o livro de turismo em formato Daisy.
A Coleção possui 15 volumes em Braille e em fonte ampliada, mais 5 obras literárias de autores regionais (Érico Veríssimo, Patativa Assaré, Cora Coralina, Milton Hatoun, Carlos Drummond de Andrade). Apresenta bastante ilustrações coloridas atrativas para o leitor com baixa visão e em relevo agradável ao tato.
Destaco o depoimento da usuária da biblioteca, Jane, mãe de dois filhos, presente ao evento que falou sobre a importância das obras:
“Muito importante o cuidado que a terapeuta ocupacional, autora dos livros de culinária teve com as pessoas com deficiência visual. Ela acreditou na nossa capacidade e nos deu dicas práticas, com a convicção de quem sabe que realmente podemos manipular os ingredientes e transformá-los em alimentos gostosos e saudáveis. Continue trabalhando nessa linha de valorização da pessoa com deficiência”. Jane Vieira dos Santos”
Maria Eunice Suares Barboza, Diretora da Biblioteca Braille “José Álvares de Azevedo”
Abaixo dois vídeos com trechos da apresentação de MODA DE VIOLA.
Entre as inúmeras surpresas que a segunda edição do Encontro de Leitura Inclusiva de Sergipe nos trouxe, umas das mais marcantes, certamente, foi a história de Maria Verônica Esteves, nascida na cidade de Boquim, localizada cerca de 84 km de Aracaju. Com um astral contagiante e uma alegria que erradia a todos a sua volta, Verônica, 62 anos, dá aula de força de vontade e mostra através de seu testemunho que nunca é tarde para aprender a ler e a vencer as barreiras (mesmo físicas) impostas pela vida.
Verônica nasceu com uma deficiência visual, em sua cidade os recursos eram escassos e até mesmo viajar para a capital sergipana era uma empreitada complexa para uma família que lidava com a roça em meio ao sertão nordestino, as barreiras faziam com que a cada dia a expectativa de enxergar o mundo fosse mais remota para a jovem, alguns médicos diziam que a única esperança estava localizada a muitos quilômetros, mais precisamente em São Paulo, e nenhum tratamento existente na época garantiria a sua cura.
De família católica, Verônica teve seu primeiro contato a um ensino ainda em sua infância através da catequese, onde absorvia todo o conteúdo passado por sua catequista através de uma atenta escuta de tudo o que era dito. Mas por lidar desde cedo com o trabalho do campo Verônica nunca teve oportunidade de estudar, mesmo que tivesse não haviam escolas com estrutura para a receberem, uma vez que os professores além de não terem preparo não tinham também materiais em acessíveis.
Da infância, a adolescência e tão logo Verônica já era uma mulher, guerreira e trabalhadora mas sem ter acesso a informação e tão pouco a educação, a cura de sua deficiência era ainda mais difícil. Certo dia, após uma consulta um médico falou para sua mãe que não havia mais o que ser feito pela medicina local, mais uma vez a solução se mostrava presente em São Paulo, mas as chances de cura eram de no máximo 10% e ainda assim a visão seria parcial. Foi então que Verônica disse a sua mãe que não queria correr mais atrás de tratamentos para seu problema, uma vez que ela veio ao mundo assim então aceitava aquilo como seu destino.
O tempo passou, Verônica era sempre rodeada por amigos e familiares sempre dispostos a ajudarem quando ela precisasse, mas ainda lhe faltava algo, e aquilo que lhe faltava por mais incrível que pudesse parecer não era a sua visão, mas sim a oportunidade de conhecer o mundo mesmo que de maneira lúdica através da leitura. Foi então que ela conheceu uma senhora evangélica, que a estimulou a aprender a ler pois nunca era tarde para o Saber. Essa senhora então, mesmo sem também saber ler em braile, conseguiu algumas cartilhas que ensinavam o alfabeto braile e juntas elas aprenderam a decorar cada uma das letras, aos poucos a então professora de Verônica conseguiu alguns livros religiosos em braile e aos 54 anos Verônica aprendia então a ler em braile e a enxergar o novo através da literatura.
Até hoje, aos 62 anos, Verônica só teve acesso a literaturas religiosas ou infantis, mas graças a Coleção Regionais, da Rede de Leitura Inclusiva, ela com seu jeito simples e carisma encantador terá na biblioteca de sua pequena cidade (Biblioteca Pública Municipal Hermes) mais uma infinidade de histórias e a cada folhear seus olhos se abrirão, mesmo que lúdica e fantasiosamente, para novas histórias e aventuras. Através da semana de Leitura Inclusiva, Maria Verônica ganhou também uma bolsa para aprender a escrever e braile, a tornando capaz de imortalizar sua história não apenas através da fala mas também da escrita.
Depois de muito trabalho, horas de reuniões e ajustes, lançamos na última semana, aqui na Fundação Dorina Nowill, em São Paulo, a Coleção Regionais, a cultura brasileira acessível a todos. O projeto vai distribuir 63 mil livros (para instituições, organizações, escolas e bibliotecas que atendem pessoas com deficiência visual) em formatos acessíveis e interativos: braile, impressão em fonte ampliada, ilustrações, áudio e digital acessível Daisy, sobre a literatura, folclore, culinária, música e turismo brasileiros. Cada conjunto da coletânea é composto por 21 títulos que expõem a cultura popular nacional. As obras de culinária e folclore são em fonte ampliada e braile; as de literatura tem adaptação para versão em áudio de títulos já existentes no mercado editorial; o de turismo em digital acessível Daisy; e os de música oferecem as informações em fonte ampliada e braile, além de partituras acessíveis.
Com a participação dos membros da Rede Nacional de Leitura Inclusiva mais de 300 organizações que constroem coletivamente ações culturais em todas as regiões brasileiras foram colaboradores e indicaram personagens folclóricos, receitas típicas e músicas de suas regiões.
“A Rede Nacional de Leitura Inclusiva é um projeto da Fundação Dorina tem um papel muito importante na disseminação de conhecimento e garantia do direito à leitura da pessoa com deficiência”, afirma Ana Paula Silva, coordenadora deste projeto. “Além de nortear sobre as demandas de cada região, que muito contribuíram para a construção do projeto, atuam como multiplicadoras locais, disseminam práticas de leitura inclusiva e sensibilizam a sociedade, e ampliam as oportunidades de leitura das pessoas com deficiência visual em todo o Brasil”, explica.
CONFIRA ABAIXO O VÍDEO SOBRE A COLEÇÃO REGIONAIS COM AUDIODESCRIÇÃO:
Círculo cultural
Como forma de estimular a literatura inclusiva, serão realizadas rodas de leitura em 20 municípios brasileiros com a utilização da Coleção. “Cada roda de leitura é desenhada considerando a riqueza e diversidade local, com o apoio dos Grupos de Trabalho da Rede Nacional de Leitura Inclusiva, proporcionará aos participantes uma rica experiência cultural, com livros para leitura sem barreiras à pessoa com deficiência visual, incentivando os presentes a serem promotores e disseminadores da inclusão”, explica Ana Paula Silva.
A primeira roda já aconteceu, foi no dia do lançamento, na quarta-feira, 30/08. Quem compartilhou com a gente dessa primeira propagação foi a Biblioteca Maria Firmina dos Reis, temática em Direitos Humanos, da Cidade Tiradentes, extremo leste da capital paulista. A leitura proposta foi umas das mais conhecidas da nossa cultura, Bumba Meu Boi, no círculo a escritora Nireuda Longobardi leu a obra para alunos, pais e educadores, enquanto uma das articuladoras do projeto , Perla Assunção, fazia a audiodescrição e convidou todos os participantes a fechar os olhos e vivenciar essa construção de imagens com palavras.
“Foi um momento lindo! Esse projeto abre muitas possibilidades. A mais importante é transmitir a relação livro, leitura e deficiência visual, em seguida, a exploração da leitura sensorial, agora vou conseguir trabalhar a leitura com mais riqueza, utilizando outros sentidos, especialmente por esse mergulho na cultura popular”, finaliza a Charlene Lemos, coordenadora da Biblioteca Maria Firmina.
Aproximando ainda mais a leitura, assim como na história escolhida, a roda acabou em festa, alguns alunos ganharam adereços dos personagens principais da obra e a brincadeira seguiu ao som de Asa Branca, de Luiz Gonzaga.
Dia 29 de agosto de 2017, a Escola Estadual Adriano Jorge participou XXI Semana da Pessoa com Deficiência em Arapiraca – AL. O evento foi organizado pela 5ª Gerência Regional de Ensino da Secretaria da Educação do Estado de Alagoas. Realizado no período de 8h às 15h, no auditório da Escola Estadual Professora Izaura Antônia Lisboa-EPIAL. No decorrer do evento aconteceram: entrevistas, apresentações, palestras e exposições, para profissionais da área da inclusão e alunos. Durante a exposição, Eu, Maria Silvana Maranhão da Costa (Transcritora e Ledora Braille) apresentei os recursos utilizados para o atendimento aos alunos com deficiência visual na sala de AEE da Escola Estadual Adriano Jorge. Os equipamentos utilizados para alfabetização, a escrita e a leitura do Sistema Braille: a máquina Perkins Braille; a reglete tradicional; o punção; a borracha; o papel e as lupas. Os materiais doados pela Fundação Dorina Nowill à Escola: os livros em Braille; livros com letras ampliadas e áudio livros em cd’s. Apresentei o soroban, o Communicare, o quadro sensitivo e outros materiais adaptados. Foi mais um dia em prol da disseminação da educação inclusiva.
A Escola Estadual Adriano Jorge parabeniza a toda equipe da 5ª Gere pelo evento, em nome da Gerente Regional, Eliete Rocha e agradece a grande parceria com a Fundação Dorina Nowill.
Maria Silvana Maranhão da Costa
Transcritora e Ledora Braille
Escola Estadual Adriano Jorge
Arapiraca-AL
XXI Semana da Pessoa com Deficiência em Arapiraca-AL